terça-feira, 20 de dezembro de 2011

The Smashing Pumpkins - MACHINA/The Machines of God

Lançado em 2000, Machina trouxe de volta à sonoridade dos Smashing Pumpkins coisas que haviam se perdido em Adore (1998)

Se no trabalho anterior, Corgan optou por dar preferência a batidas eletrônicas e guitarras sem tanto peso, Machina soava como uma tentativa de resgatar a essência da banda, de coisas como em Siamese Dream (1993) e das faixas mais pesadas do duplo Mellon Collie and the Infinite Sadness (1995) e por que não dizer até mesmo de Gish (1991)?

O disco marca algumas coisas na historia da banda, como a volta do excepcional baterista Jimmy Chamberlin; e é também o último álbum com a excêntrica baixista D’arcy Wretzky, que, diga-se de passagem, nem chegou a participar da turnê do disco; acabando por ceder seu posto para a não menos competente Melissa Auf der Maur, ex-Hole.

Sobre recuperar velhas fórmulas, a primeira faixa do disco já deixa isso bem claro. The Everlasting Gaze é uma daquelas cacetadas de rock pra ninguém colocar defeito. Guitarras densas, baixo impactante e uma bateria insana mostram que Billy Corgan e sua trupe não estavam ali para experimentos, mas sim para fazer um disco para seus fãs.

Mas está enganado quem pensa que o Smashing Pumpkins sustenta-se apenas de músicas pesadas e rápidas. Bons exemplos disso em Machina são Stand Inside Your Love e I of the Mourning, que diminuem o ritmo e provam que Billy Corgan ainda sabia escrever boas baladas, tais como Disarm (Siamese Dream, 1993), Tonight, Tonight e 1979 (Mellon Collie, 1995) e Perfect (Adore, 1998).

Try, Try, Try também foi single, mas se tem uma música que merece um destaque mais do que especial, esta é Heavy Metal Machine. O nome é bastante sugestivo, não? E é pra ser. A faixa não é exatamente rápida, mas traz consigo um peso incrível, quase como uma música de um disco de heavy metal mesmo.

Por fim, Machina faz jus em ser o último disco com o Smashing Pumpkins original, pois tem toda a essência que consagrou a banda como um dos grandes ícones alternativos dos anos 90.

Depois disso, a banda ficou parada por sete anos, e voltou apenas com Corgan e Chamberlin para gravar Zeitgeist (2007), que embora seja um bom disco e tenha grandes músicas, não é muito bem aceito pelos fãs e pela crítica.

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