quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Adele - 21

Pode parecer tarefa das mais fáceis pegar um dos discos mais aclamados do ano e se fazer uma resenha a partir dele. Não é. Discos aclamados pelo público, como pode se supor, tem forte apelo popular, o que pode fazê-lo deixar a desejar no que se refere à qualidade.

Mas quando um disco é conceituado pela mídia especializada, quando ele vence muitos prêmios em um ano, quando ele é multiplatinado, é porque tem seus méritos. 

21, segundo trabalho da cantora britânica Adele traz consigo tudo isso. Adorado por público e crítica, foi sem duvida um dos grandes discos do ano. E há de se concordar que não é para menos.

De todas as crias da geração Amy WinehouseAdele provavelmente é a mais bem sucedida delas. Batam o pé e digam que não, mas Adele tem muito de Amy, não se pode dizer o contrário. Afinal, Amy abriu portas para as cantoras que não se encaixavam nos padrões ditos convencionais.

Mas voltando a falar de Adele, não é preciso nem fazer um estudo mais profundo das letras, buscando os mais diversos elementos subjacentes que ali constam, dá pra compreender o disco fazendo bem menos esforço. Basta tirar as impressões pelos nomes das faixas. Todas são sobre um casal. Em suma, 21 é o Back to Black de Adele.

Em quase cinquenta minutos de album, Adele faz amolecer até o mais duro dos corações. Seria fácil demais dizer que os hits sustentam o disco. De fato, Set Fire to the Rain e Someone Like You são músicas fortes, daquelas que tem todos os elementos necessários para alavancar a carreira de um artista.

Falar de Rolling in the Deep seria covardia. É de longe o hit do ano, disparado. Se as duas outras faixas que viraram single são tidas como músicas fortes, adicione mais uns dez adjetivos desse nível para Rolling in the Deep.

E é claro que o disco é todo carregado de baixos bastante graves, pianos solenes e outros elementos que tão tons tristes às faixas de 21. É um disco que fala de relacionamentos – ou um relacionamento em especial – que não deu certo, não o disco, o relacionamento.

Mas nem só de momentos tristes é feito o album, I’ll Be Waiting é a prova disso. Apesar de seguir na mesma temática do contexto geral, ela soa mais animada, trazendo melodias mais alegres e tirando a nuvem negra e a angústia de cima de quem está ouvindo o disco.

Um dos momentos mais interessantes nesse disco e que merece ser ressaltado, é a versão de Lovesong, original do The Cure; presente no disco Disintegration, de 1989. Nesta versão, Adele resolveu fazer arranjos novos, deixando a música mais lenta e mais triste, o que não é exatamente uma surpresa.

Ademais, embora a música atual esteja caminhando por rumos questionáveis, 2011 foi um ano bastante produtivo, principalmente na Inglaterra. Vários discos bons foram lançados lá e valem o download e claro, serem ouvidos com uma atenção mais especial. Aliás, pode-se ir até mais longe e dizer que muitos desses discos valem a compra, mesmo que o preço seja meio abusivo.

E sim, definitivamente, um desses discos é 21. Vale ouvir. Vale comprar.

Um comentário:

Seguidores

Quem faz o Dance Para o Rádio