Além do Kaiser Chiefs, o Kasabian parece querer se firmar cada vez mais como uma das grandes bandas desse revival do Britpop.
Aliás, esquecer de todo o resto da cena e analisar profundamente o que essas duas bandas vêm fazendo ao longo desses últimos seis ou sete anos, nos faz lembrar o que as pessoas chamavam de “Batalha do Britpop”, que aconteceu nos anos 90, onde Oasis e Blur duelavam até o último single vendido pra ver quem ia mais longe.
O Blur venceu algumas batalhas, mas o Oasis venceu a guerra. Mas em todo caso, isso é assunto pra outro dia.
O Kasabian, bem como fez o Stereophonics há algum tempo atrás, rejeitou o rótulo de “herdeiros do legado do Oasis”. Por outro lado, o Kaiser Chiefs não parece se incomodar com as comparações com o Blur. Aliás, muito pelo contrário.
Feitas todas essas considerações, analisemos Velociraptor, disco lançado esse ano pelo Kasabian. A primeira coisa que deve ser levada em conta é: O Kasabian abriu seu leque de influências, a primeira, e mais clara das impressões, é que eles foram muito além de buscar seus referenciais nos discos do Stone Roses. Parece que eles foram até a origem da coisa toda, os Beatles.
O exemplo mais claro disso é Goodbye Kiss, que é mais levada ao violão, com uma levada mais serena, numa atmosfera bem sessentista. Diga-se de passagem, Velociraptor soa ligeiramente diferente do que as pessoas esperam do Kasabian, apesar da faixa que abre os trabalhos dizer justamente o contrário: Let’s Roll Just Like We Used To. Logicamente que tendo conhecimento da letra, percebe-se que não tem ligação direta com isso, mas enfim.
Uma coisa que não se perdeu nesse disco se comparado com os outros, foi o fato do Kasabian continuar abusando de teclados, sintetizadores e batidas eletrônicas em geral; e isso se percebe na faixa que dá nome ao disco, Velociraptor.
E ainda na parte que soa como o velho Kasabian, temos Switchblade Smiles, que começa toda eletrônica e depois ganha um baixo implacável, como o de Club Foot (Kasabian, 2004).
No mais, o Kasabian fez o que se esperava, mais um bom disco, numa sequência de bons discos. E com isso, como já foi anteriormente dito, eles procuram se firmar como uma das grandes bandas inglesas para as próximas gerações. E pelo jeito, parecem ter encontrado o caminho.
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