domingo, 30 de setembro de 2012

Soft Cell

O Soft Cell foi formado na cidade de Leeds, interior da Inglaterra, em 1980. 

Os estudantes Marc Almond (na verdade, Peter) e Dave Ball e uniram para fazer um som eletrônico de qualidade. Marc seria o vocalista e Dave cuidaria dos teclados.

No mesmo ano, lançaram o EP Mutant Moments, pelo selo Big Frock. Partindo disso, eles conseguem chamar a atenção de outro selo independente, chamado Some Bizzare

O primeiro single seria um verdadeiro marco na história deles, e considerado até os dias de hoje como um verdadeiro clássico.

Estamos falando de Tainted Love, um cover de Gloria Jones, que ficou imortalizado justamente na versão do Soft Cell.

Com isso, conseguem liderar a parada britânica e chegam ao oitavo lugar nos Estados Unidos. O primeiro álbum levaria o nome de Non-Stop Erotic Cabaret, e dele sairiam mais três singles de sucesso na terra de Margareth Tatcher: Bedsitter, Say Hello Wave Goodbye e Torch.

Em 1983 o duo lança The Art of Falling Apart, tendo como carro-chefe o single Soul Inside. É nesta época também que cada um resolve lançar seus trabalhos individuais.

Mas logo no ano seguinte, era a vez de This Last Night in Sodom. Mas após o lançamento deste disco a dupla se separa em definitivo. Dave Ball foi trabalhar como produtor, já Marc Almond, depois de trabalhar sob o nome de Marc and the Mambas, adota o nome de Marc Almond and the Willing Sinners, lançando discos como Vermin in Ermine (1984) e Stories of Johnny (1985).

Em 1991 a dupla voltaria a trabalhar junta mais uma vez para remixar as músicas que fariam parte da coletânia Memorabilia: Singles; e por mais incrível que pareça, vários anos após o lançamento das versões originais, os remixes de Tainted Love e Say Hello Wave Goodbye, colocam o nome do grupo em evidência novamente.

Depois de um longo hiato, dez anos pra ser exato, o duo se reúne e marca algumas datas de uma pequena turnê. No ano seguinte, em 2002, eles lançam um novo disco: Cruelty Without Beauty, que foi muito bem recebido pela crítica especializada, tendo recebido quatro de cinco estrelas na avaliação do AllMusic.

Nos anos posteriores, chegando até os dias de hoje, eles seguiram lançando coletâneas e discos de remixes, além de pequenas turnês.

Os fãs da banda seguem esperando por materiais inéditos, mas aparentemente não há sinal algum de um novo lançamento por parte da dupla.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Dance Para o Rádio (Listas) - Os 25 melhores sons do New Order

Há tempos atrás a ideia era ter pelo menos uma lista por semana, toda quinta-feira, pra ser mais preciso. Mas como nem tudo acontece como o planejado, por uma série de motivos a sessão se tornou algo muito mais ocasional do que semanal.

Em todo caso, visto que nos últimos dias o blog tem sido atualizado quase que diariamente, mesmo que com posts de autoria de terceiros, achei que seria legal ter uma lista hoje, por coincidência, quinta-feira.

A lista de hoje traz os vinte e cinco melhores sons de uma das minhas bandas favoritas, e da Catharina também, e que de certo modo, exerce influencia esse blog, inclusive no nome, o New Order.

Dadas as explicações, vamos à lista dos vinte e cinco maiores sons de uma das maiores bandas de electropop e porque não também rock de todos os tempos:

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Bob Dylan - Tempest


Sempre será um desafio pra mim falar do trabalho de Bob Dylan. Conheci o som do bardo, quando já estava com os meus 17 anos, e aos poucos seus discos começaram a fazer parte da minha lista de favoritos e depois finalmente entrando para o meu repertório de músico.

A calmaria que precede a tempestade, essa velha frase, batida e tão simbólica, creio eu que seja a melhor forma para descrever a atmosfera de criação e de composição do último disco da eterna Rolling Stone, Bob Dylan três anos desde os seus dois últimos lançamentos Together Through Life (2009) e Christmas in the Heart (2009)

Dylan ainda mostra competência na arte de se reinventar, arte essa, que acompanhou a carreira deste que já fora considerado o "Judas" da música folk. A relação entre o bardo e a crítica nunca fora muito amigável, muitos críticos não tiveram piedade em surrar Dylan, principalmente durante as suas últimas produções, na fase Jack Frost, acusações de plágio entre outras fortes pancadas rodearam os últimos discos como os trechos do livro Confession of a Yakuza em músicas do Love & Thief (2001) e do Modern Times (2006).

Bem, era óbvio que a resposta a crítica estava por vir, como aquele sujeito que toma uma surra de acordo nas ruas e planeja com cuidado a vingança que está por vir. Não que considere a ideia de que Dylan teria produzido o disco Tempest como uma forma de respostas a toda essa perseguição da crítica. Muito pelo contrário, mas é notável que o disco fala por si só.

Tempest é um disco extremamente denso, capaz de lançar um sujeito, que mesmo não sendo conhecedor da obra de Bob Dylan, a um emaranhado de sentimentos, tão humanos e tão intensos, tarefa árdua no mercado musical atual.

Não vou destrinchar faixa a faixa por aqui, acho que isso, tratando-se de um disco como esse, de natureza tão intimista, tal trabalho merece ser feito pelo próprio ouvinte. Mas durante a minha primeira audição ao Tempest, ficou impossível não destacar a violência de Pay in Blood, a melancolia de Long and Wasted Years, Scarlet Town, a própria Tempest, além de Roll on John, que pra mim bateu de primeira, ao contrário de alguns dos meus amigos Dylanescos. A faixa trata-se da visão de Dylan sobre a sua relação com John Lennon.

Gostaria de deixar aqui dois links muito pertinentes ao disco. O primeiro se trata da entrevista feita pela Rolling Stone com Dylan, onde falaram sobre os discos, críticos, Obama e outras coisas mais: 

O segundo link, trata-se de uma entrevista feita por Márcio Grings da Rádio Gaúcha SM com o jornalista Eduardo Bueno (Peninha). Os dois comentam cada faixa do disco. Vale a pena:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=417444354969336&set=a.412318425481929.87799.412279838819121&type=1&theater

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Em tempo, se vocês não conhecem o trabalho do Antônio, autor do texto acima, muito influenciado pelo Bob Dylan, diga-se de passagem; sugiro que confiram os links abaixo:


Dance Para o Rádio: Antônio Altvater - Medo da Cidade
Dance Para o Rádio (Entrevistas) - Antônio Altvater
Sessão Sonora

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Muse - The 2nd Law

Logo na primeira faixa de The 2nd Law, o mais novo trabalho do Muse, se nota que definitivamente será mais um grande disco produzido pela banda. E sem sombra de dúvida é.

Embora ao longo do tempo tenha sido pregado que o Muse nada mais era do que uma espécie de substituto natural do Radiohead, esse novo trabalho vem não só para contestar isso, como também para derrubar essa tese.

Em Supremacy, faixa que abre o álbum, a pretensão e a grandiosidade trazida em cada acorde, cada arranjo e cada verso cantado por Matt Bellamy mostra que a banda pretende, pode, e deverá ser - a seu modo, o substituto natural do Queen.

O baixo cheio de efeitos de Chris Wolstenholme nessa faixa casa perfeitamente com a sequência orquestral e a bateria de Dominic Howard levada num toque de caixa militar.

O Muse sempre se mostrou uma banda experimental. Flertar com outros estilos além do rock convencional com a trinca guitarra, baixo e bateria sempre foi uma especialidade do grupo de Teingmouth.

Levando isso em conta, nota-se que o pop tem um espaço bastate significativo no disco. Madness e Follow Me aparecem como uma espécie de dream-pop, embora a primeira procure diminuir o baque da inquietude da faixa inicial e a segunda traga uma proposta mais dançante, quase um pop europeu do fim dos anos 90. 

Panic Station por sua vez, faz lembrar Michael Jackson em seus tempos áureos de Thriller (1983) e Bad (1987). Nessa faixa deliciosamente dançante, a guitarra ritmada junto com o baixo em slap ao melhor estilo funk rock, mostra que a banda tem plenas condições de se aventurar em outras vertentes.

Em Survival a banda volta aos pianos, com Bellamy se aventurando por dois ou três tipos de vozes, intercalados com solos de guitarra ao melhor estilo Brian May, implicando em uma musicalidade verbal e uma expressividade harmoniosa e melódica que traduzem na cadência rítmica e principalmente em sua letra, o individualismo em contínua exaltação. Ironicamente, foi a música tema dos Jogos Olímpicos de Londres, onde exalta-se o espírito da esportividade e da coletividade.

Outro aspecto destacável nesse álbum é o fato de Wolstenholme cantar não apenas uma, mas sim duas faixas. Save Me e Liquid State, onde ele procura expor algumas das dificuldades pelas quais ele passou na vida, sobretudo o do vício no álcool.

Aliás, sobre a segunda, podemos até dizer que a banda foi buscar um pouco do referencial na composição desta no hard rock americano do final dos anos 80. As guitarras fazem lembrar bastante alguns sons do Mötley Crüe.

E chegando no final do disco, quando se imagina que o Muse não pode mais surpreender, vem a primeira The 2nd Law, que mistura orquestra com sons que serviriam de trilha sonora de Star Wars, até que então... electropop alemão. Vocais robóticos e sons eletrônicos tirados da guitarra conduzem a faixa que sem sombra de dúvida tem muita influência do Kraftwerk.

A segunda parte de 2nd Law, que fecha o disco por definitivo, aposta na tranquilidade. Levada em um piano solene, ela aparece como se tivesse a intenção de fazer com que o ouvinte recuperasse o fôlego depois de um disco absolutamente implacável, emotivo e que foge totalmente da convencionalidade, até mesmo para o Muse.

Ao final do disco, ficam algumas certezas: Primeira, o Muse é definitivamente uma das maiores bandas do mundo na atualidade. É difícil imaginar uma banda em um nível tão elevado quanto o deles. Segunda, o Radiohead ficou para trás, ficou pequeno. Terceira, mesmo com uma sequência de ótimos discos, começando com Absolution (2003), passando por Black Holes and Revelations (2006) até chegar em Resistance (2009), The 2nd Law é definitivamente o melhor disco da carreira da banda até então.

domingo, 23 de setembro de 2012

Depeche Mode

A trajetória do Depeche Mode se inicia no começo dos anos 80, quando Martin Gore convida Andrew Fletcher e Vince Clarke para formar um grupo. Ainda no mesmo ano, David Gahan entra para assumir os vocais.

Depois de uma participação em uma coletânea, o single Just Can't Get Enough invade as pistas de dança de todo mundo. Vince deixa o grupo antes mesmo do lançamento do primeiro disco, Speak and Spell (1981).

Aliás, uma curiosidade é o fato de Clarke ter deixado o grupo por não "gostar" do sucesso. Ironicamente, ele fez muito sucesso em seus projetos posteriores, Yazoo e Erasure.

Como trio, o grupo lança A Broken Frame (1982) e partem para uma tour pelos Estados Unidos. No ano seguinte, entra Alan Wildner e logo já lançam o terceiro disco, Construction Time Again (1983).

Em 1986, eles gravam Black Celebration no Hansa Studios em Berlin. O primeiro single do novo trabalho é Stripped. Na sequência, eles embarcam para sua maior turnê até então. Durante os shows, eles gravaram em Los Angeles o video de Question of Time.

E 1987 mal começa e Martin já conta com várias novas canções demo. A banda então, decide trabalhar com o produtor Dave Bascombe. Desta vez, eles escolhem o estúdio Guillame Tell, em Paris.

O single Strangelove é lançado na primavera e dava a indicação do amadurecimento que se ouviria em Music for the Masses (1987). E conforme a popularidade do Depeche Mode aumentava, mais shows em estádios eram marcados.

Em 1990, a banda se enfia no estúdio onde Music for the Masses havia sido mixado por sete semanas e no final de agosto a banda lança sua obra-prima: Violator. Com hits arrebatadores como Personal Jesus e Enjoy the Silence a boa aceitação do álbum era óbvia. Graças a isso, a banda tocou pela primeira vez no Giants Stadium em Nova York e no Dodgers Stadium em Los Angeles.

Os anos seguintes foram bem menos produtivos e usados mais para uma reflexão pessoal de cada um dos integrantes. Afinal, três dos quatro haviam se tornado pais.

Depois de terem se mudado para a Espanha, em março de 1993 eles lançaram Songs of Faith and Devolution, também gravado na Alemanha. A turnê desse disco foi a maior da banda. Com passagens pelo mundo todo, durou pouco mais de um ano e teve aproximadamente 160 shows.

Quatro anos depois, a banda lança Ultra, com os dois bons singles Barrel of a Gun e It's no Good. Mesmo com a decisão do grupo de não excursionar para divulgar o disco, o mesmo ainda assim atinge níveis satisfatórios de vendas.

Em 2001, um dos discos mais dançantes do Depeche Mode até então é lançado, Exciting. Apesar disso, é considerado pela crítica especializada e até mesmo por muitos fãs como sendo um álbum apático.

Nos anos posteriores, a banda lançou Playing the Angel (2005) e Sounds of the Universe (2009). Este último, tem seu maior hit, Wrong, caracterizado por um estilo sombrio, bem como seu clipe, que causou bastante espanto por mostrar o desespero de um homem que está amarrado dentro de um carro desgovernado.

No geral, o disco foi tão bem que alcançou o número #1 na parada eletrônica da Billboard, deixando para trás nomes como o de Lady GaGa.

Atualmente, há rumores de que a banda deva se reunir em Janeiro para as gravações de um novo trabalho de estúdio para ser lançado ainda no ano que vem. Sendo assim, só resta esperar para ver.

sábado, 22 de setembro de 2012

The Killers - Battle Born

Nem como manchete de jornal serviria mais: "The Killers decepciona e lança disco irregular" de tão velho e batido que isso já soa.

Mas talvez pelo fato de se ter a certeza de que nada pior do que Day & Age (2008) poderia sair, talvez não se criasse tanta expectativa pela redenção do Killers nesse novo trabalho, até mesmo porque não houve.

Em Battle Born, que saiu oficialmente no último dia 18 embora já tivesse vazado há quase um mês, novamente a banda de Las Vegas parte na ânsia desesperada de ser o novo U2 - assim como o Coldplay - e vai se perdendo cada vez mais dentro do que havia se proposto a fazer no início da carreira.

Não que uma banda tenha que fazer exatamente a mesma coisa sempre. A evolução é algo natural na música, mas nunca se deve fugir das origens. As pessoas gostam de identificar uma banda ouvindo um simples acorde na guitarra ou como um efeito é colocado no baixo.

Mas em todo caso, nota-se em Battle Born que nada sobrou do seu antecessor. Quando a banda vai buscar referências em si própria, acaba chegando na maior parte do tempo em Sam's Town (2006), como logo na faixa que abre o disco, Flesh and Bone, que curiosamente faz, de certo modo, lembrarmo-nos de Bones.

Na sequência, aparece o primeiro single do disco, que como é de se supor, tem a pretensão de ser hit. E vai ficar só na pretensão. Runaways é a prova de que o Killers não empolga mais como antigamente. Aliás, não empolga pelo menos na maior parte do tempo, mas não significa que o disco não tenha bons momentos.

Prova disso é A Matter of Time, que é indiscutivelmente a melhor faixa do álbum. Pra quem ouve o disco pela primeira vez, fica difícil imaginar alguma coisa melhor do que ela dentro do apanhado. E quem pensa assim não poderia estar mais certo.

Em Deadlines and Commitments a banda flerta com o progressivo. Coisa que não haviam experimentado até então na carreira. Apesar da estranheza da mistura, dá pra se dizer que o resultado é satisfatório. Em tempo, não dá pra não linkar a ponte do baixo e o ritmo da bateria quase lá pela altura dos três minutos com Another Brick in the Wall.

The Rising Tide é mais uma das que a banda volta pra Sam's Town e consegue arrancar algum tipo de reação do ouvinte. Dali em diante, e até a voltar em faixas anteriores do disco, nota-se que o Killers vem diminuindo tanto o ritmo ao longo dos anos que daqui um tempo vai acabar parando.

Mais pro final do disco, o Killers vai ainda mais longe no baú de sua obra. Se alguém esperava algum momento de Hot Fuss (2004), ele existe nesse disco. Be Still parece ser fundamentada na última (e pior) faixa do debut da banda, Everything Will Be Alright. Ou seja, há um erro de cálculo.

Curiosamente, a faixa que encerra os trabalhos é a que dá nome ao disco. Em todo caso, Battle Born, a faixa, dá um último gás ao disco, na tentativa de cativar quem ouve. Em partes, até consegue, pois ela se mostra boa, embora o esforço pareça meio em vão pelo fato de ser tarde demais.

Em tempo, a versão remix de Flesh and Bone, que aparece como uma das faixas bônus, é melhor que a original. 

E sobre o Killers, há de se dizer, e lamentar, que pra quem começou a década passada como uma das bandas mais promissoras do mundo, acabou se tornando uma das mais chatas.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Oasis Day em Curitiba

Foto: Peppers Divulgação
Devo dizer que o post de hoje apresenta um ponto de vista muito mais pessoal do que crítico. No último sábado (19), fui em um evento no qual já queria ir há tempos, o Oasis Day.

Embora já tenha visto os Gallaghers pessoalmente, ainda que de longe, o Oasis Day tem algo de especial e você descobre isso principalmente depois de ir.

Organizado pelo pessoal do Oasis News, a festa acontece todo ano e em várias partes do país. Em sua grande maioria, é realizado em capitais, mas não que isso seja necessariamente uma regra.

Fui na versão curitibana do evento, realizada no Peppers, que contou com a banda Radiophonics no papel de representar o Oasis. Há de se dizer que o fizeram com extrema competência.

Em mais de duas horas de apresentação, a banda fez um apanhado por toda a carreira do grupo britânico, começando com Hello e Roll With It,  que sucederam a clássica introdução Fuckin' in the Bushes.
 
Logo no início, um problema. Em The Hindu Times acabou a energia, que na verdade não demorou tanto a voltar. O que não acabou, foi a energia dos fãs do Oasis, que comemoravam a cada hit tocado e cantando clássicos a plenos pulmões, como as versões acústicas e emocionais de Don't Look Back in Anger e Wonderwall.

Rolaram até os sons novos dos irmãos Gallagher. Bring the Light da Beady Eye, acreditem vocês ou não, foi um dos momentos mais animados e dançantes do show. Na sequência, a banda mandou Everybody's on the Run, onde mais uma vez o guitarrista incumbido de representar Noel Gallagher - missão difícil - deu um show a parte.

Mas os melhores momentos do show foram definitivamente quando os caras da Radiophonics resolveram bancar os arqueólogos, onde desenterraram verdadeiras pérolas do Oasis. Gas Panic! por ser uma das mais queridas dos fãs talvez nem seja tanta surpresa assim, embora tenha causado grande reação por parte do público presente em sua introdução.

Mas ainda, os caras foram longe buscar a já citada The Hindu Times, além de D'You Know What I Mean e a (muito) improvável Who Feels Love.

Particularmente, esperei quase o show inteiro para ouvir Morning Glory, que veio só na penultima música, quando já quase não havia mais esperança dela ser tocada. Na sequência, a já esperada Rock n' Roll Star, que foi seguida de mais uma surpresa, Married With Children, que aparentemente, não estava no esquema.

No fim, Cigarettes & Alcohol nem fez falta...

PS: Dona do Kasabian BR, te dedico.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

RockFest 4 - Ibaiti/PR

Dia 13 de Outubro vai rolar em Ibaiti a 4ª edição do RockFest. 

O festival, já tradicional na cena do Norte Pioneiro do Paraná, dessa vez vai contar com seis bandas em seu lineup. 

No folder tu confere mais informações como preço de ingresso, horário e tudo mais.






segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Revelada a soundtrack de FIFA 13

A EA Sports revelou hoje as músicas que farão a trilha sonora de FIFA 13. 

Os maiores destaques da lista sonora são Band of Horses, Bloc Party, Two Door Cinema Club e a já clássica em trilhas sonoras relacionadas a futebol, Club Foot, do Kasabian.

A previsão para o lançamento do game no Brasil é dia 4 de outubro, um dia antes do seu maior concorrente, o Pro Evolution Soccer.

Para Xbox 360 e PlayStation 3, o game é vendido por R$ 180. No PlayStation 2, ele sai por R$ 100; R$ 70 no PC - versão em caixinha - e R$ 60 a versão digital para a plataforma.

Abaixo você pode conferir a lista com todas as faixas que farão parte do jogo.

Animal Kingdom – Get Away With It
Ashtar Command – Mark IV feat. Joshua Radin
Astro – Panda
Atlas Genius – If So
Band Of Horses – Feud
Bastille – Weight Of Living, Part 2
Bloc Party – We Are Not Good People
Cali – Outta My Mind
Clement Marfo & The Frontline – Us Against The World
Crystal Fighters – Follow
deadmau5 feat. Gerard Way – Professional Griefers
Django Django – Hail Bop
Duologue – Get Out While You Can
Elliphant – TeKKno Scene feat. Adam Kanyama
Featurecast – Got That Fire (Oh La Ha) (feat. Pugs Atomz)
Fitz And The Tantrums – Spark
Flo Rida feat. Lil Wayne – Let It Roll, Part 2
Foreign Beggars & Bare Noise – See The Light
Hadouken! – Bliss Out
Imagine Dragons – On Top Of The World
Jagwar Ma – What Love
Kasabian – Club Foot
Jonathan Boulet – You’re A Animal
Kimbra – Come Into My head
Kitten – G#
Kraftklub – Eure Madchen
Ladyhawke – Black White & Blue
Madeon – Finale
Matisyahu – Searchin
Metric – Speed The Collapse
Miike Snow – Paddling Out
Passion Pit – I’ll Be Alright
Reptar – Sweet Sipping Soda
Reverend And The Makers – Shine The Light
Rock Mafia – Fly Or Die
The Royal Concept – Goldrushed
Royal Teeth – Wild
Santigold – Big Mouth
St. Lucia – September
Stepdad – Jungles
The Chevin – Champion
The Enemy – Saturday
The Heavy – Don’t Say Nothing
The Presets – Ghosts
Two Door Cinema Club – Sleep Alone
Walk The Moon – Quesadilla
Wretch 32 – Blur
Youngblood Hawke – We Come Running
Young Empires – Rain Of Gold
Zemaria – Past 2

FONTE: FX360.

domingo, 9 de setembro de 2012

The Who - Who's Next

Quem poderia imaginar que um dos discos de maior sucesso do The Who surgiu de um projeto malsucedido de Pete Townshend? Pois é. Who's Next, lançado em 1971 e com a difícil missão de ser o sucessor de Tommy (1969), foi concebido a partir de, pasmem vocês, sobras do projeto Lifehouse.

Ao longo de seus pouco mais de quarenta e três minutos distribuídos em apenas nove faixas, Who's Next significava várias coisas.

Uma delas, é que o álbum é uma espécie de protesto e rechaça da banda em não querer passar o resto da carreira se apoiando no sucesso de Tommy.

O projeto Lifehouse, dentre suas várias peculiaridades, tinha como base o conceito de "música contínua". Isso envolve sintetizadores, experimentalismos e tudo mais que a mente genial e inquieta de Pete Townshend adora fazer.

Em todo caso, esse sintetizador contínuo já é notado logo na primeira faixa do álbum, que diga-se de passagem, é um dos maiores sucessos da banda e uma das maiores canções da história do rock desde então: Baba O' Riley.

Quem nunca se arrepiou ao ouvir o piano clássico e as guitarras pulsantes dessa faixa que atire a primeira pedra. Aliás, sem contar a emoção passada por Roger Daltrey logo nos primeiros versos.

Há até quem afirme que se o Who ainda não havia alcançado a perfeição em Pinball Wizard (Tommy, 1969), ela foi atingida nessa faixa.

Na sequência temos Bargain, onde quem assume a liderança musical é a cozinha clássica da banda, com Keith Moon destruindo a bateria e John Entwistle com seu baixo inconfundível, fazendo as guitarras de um gênio como Pete Townshend passarem quase desapercebidas.

Love Ain't For Keepin' mostra um Who multifacetário, tendo na mesma faixa elementos de rock n' roll clássico, hard rock, folk, blues e country. Parece difícil de imaginar tudo isso ao mesmo tempo? Não com o The Who. Funciona tudo na mais perfeita ordem e o resultado é uma faixa espetacular.

Em Getting in Tune a banda diminui o ritmo e Townshend vai para o piano. Embora ainda soe rock n' roll com um baixo bem marcado, essa faixa é uma das partes mais serenas do disco.

Aliás, nesse álbum a banda apresenta outra novidade. Das nove faixas, duas delas não são cantadas por Daltrey. My Wife, uma das preferidas dos fãs, é cantada por Entwistle, já Going Mobile é cantada por Townshend.

E nas duas últimas faixas, dois dos maiores clássicos, mais uma vez, não só da banda, mas da história do rock n' roll. Primeiro, Behind Blue Eyes, levada ao violão quase que em sua totalidade, sendo acompanhada apenas por um baixo, traz uma calmaria ainda maior do que em Getting in Tune, exceto pelo final, onde entra um pequeno solo de guitarra acompanhado pela bateria matadora de Keith Moon.

Já com Won't Get Fooled Again, a banda encerra os trabalhos da mesma forma que começou com Baba O' Riley, com os sintetizadores e a tal da "música contínua" sendo usados até a exaustão. Mais uma vez o Who toca com tal velocidade de como se não houvesse amanhã. Os riffs agressivos de guitarra e as linhas frenéticas de baixo servem como cama para o ritmo insano da bateria.

Considerações finais? Rock n' roll clássico e de primeiríssima qualidade. Sem sombra de dúvida, Who's Next é um daqueles discos que qualquer pessoa com um mínimo de bom senso e ouvido musical deve ouvir antes de morrer.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Megadeth em São Paulo

A maior vantagem de ser fã de música e morar em São Paulo é que sempre tem show para ir. Como fã de heavy metal, resolvi ir ao show do Megadeth. Porém, antes de contar como foi, minhas considerações sobre a banda até ontem à tarde.

O Megadeth era a banda inimiga pública nº 1 (oh, trocadilho infame) do Metallica. Para aqueles não iniciados nesse capítulo da história do metal oitentista, Dave Mustaine (líder do Megadeth) era guitarrista solo do Metallica durante a época Metal Up Your Ass e um dia foi acordado por Lars Ulrich, o baterista, lhe dizendo que havia sido expulso da banda por seu consumo excessivo de álcool, que Kirk Hammett entraria em seu lugar e que ele passaria os próximos dois dias num ônibus de volta a San Francisco para mastigar as novas notícias. Obviamente, Dave ficou p*to, fundou o Megadeth e passou os anos seguintes comparando tudo o que faziam aos trabalhos do Metallica, como numa briga de crianças mimadas. Durante as gravações do documentário Some Kind of Monster, do Metallica, Lars e Dave tiveram uma conversa sobre essa briga que durou 20 anos.

Sempre achei besteira essa história de ter que escolher um partido na briga Metallica x Megadeth, porque acho a insistência de Dave nesse assunto muito chata - se ele não tocasse nesse assunto e se concentrasse mais em fazer música, tudo seria muito mais simples. As duas bandas são excelentes, mas a verdade é a seguinte: eu nunca escutei a obra do Megadeth a fundo. Mas desde 2010, quando eles vieram ao Brasil comemorar os 20 anos de Rust in Peace tocando o disco na íntegra e eu tinha acabado de ir ao show do Metallica, pelo pouco que conhecia, decidi que queria vê-los ao vivo, assim como o Slayer e o Anthrax.

Depois de SWU e Metal Open Air (o maior fiasco da história dos festivais brasileiros), eles confirmaram um show só deles no Via Funchal, comemorando 20 anos de Countdown to Extinction. Ingressos comprados, companhia garantida, vamos lá - shows de heavy metal são os meus favoritos. Depois de algum tempo na fila, entramos na casa, onde o Mindflow fazia um show de abertura (quem foi que teve a ideia de colocar bandas nacionais independentes para tocarem enquanto metade da plateia está do lado de fora? Que falta de respeito) do qual eu só vi o final. Bom, mas longe do estilo que me agrada. Ainda eram 21hs, e o Megadeth estava marcado para as 22. Subiram ao palco com mais ou menos 10 minutos de atraso, com uma tática inusitada: tocar os maiores sucessos no começo (Trust e Hangar 18 foram as duas primeiras, levando os presentes à loucura). Algo a se destacar: a pista do Via Funchal honra o título de melhor casa de shows da cidade, facilitando a visão de todos por ser inclinada. E uma dica: garotos, não levantem filhas, namoradas, amigas ou qualquer outra pessoa nos ombros, é muito incômodo para quem está atrás de você, principalmente se for uma menina de 1,64 de altura que demorou 3 músicas para conseguir ver o vocalista por causa disso.

Conselhos à parte, voltemos ao show. Uma sequência matadora formada por She Wolf, A Tout Le Monde, Whose Life (Is It Anyways?) e Public Enemy No. 1 - as duas últimas sendo as únicas músicas novas tocadas no set inteiro, do álbum Th1rt3en, lançado no ano passado - deixa o público muito animado logo no começo, e a ausência de grandes sucessos mais para frente - quando tocam Countdown to Extinction na íntegra - não mantém esse clima. Não que as músicas não sejam boas, muito pelo contrário, e acho que não cabe a mim julgar a empolgação da plateia, já que um show de aniversário geralmente é direcionado aos fãs mais dedicados, o que não é o meu caso.

Mas foi uma ótima oportunidade para conhecer o disco de maior vendagem do Megadeth, que contém seu maior hit, Symphony of Destruction (no qual a plateia grita o nome da banda toda vez que o riff principal é tocado). Todas as músicas são pesadas e muito bem construídas, e a influência do Iron Maiden de The Number of the Beast é notável. Gostei especialmente de Sweating Bullets, This Was My Life, Countdown to Extinction e Captive Honour.

Depois de Ashes in Your Mouth, o baixista David Ellefson cumprimenta o público em português e começa a introdução de Peace Sells, minha música favorita deles. Simplesmente incrível, acendendo aquela sensação que só os apaixonados por música entendem. Ao final desta, a banda sai do palco e todos os presentes começam a gritar por Holy Wars... The Punishment Due. Quando eles voltam, Dave diz que ainda sobra tempo para mais uma música e é esta, que é a mais diferente na versão ao vivo - infelizmente, pois contém meu solo preferido. Se despedem com muita simpatia, jogando baquetas, palhetas e toalhas, além de mostrarem as bandeiras jogadas no palco pelos fãs - uma delas com Brazil Loves Mustaine assinada.

O único porém é que a acústica do Via Funchal não é boa - o som estava embolado e baixo. De resto, as animações mostradas no telão durante a música, como videoclipes, são fantásticas, principalmente os efeitos de fogo e as texturas no logo da banda, e até mesmo Vic Rattlehead (o mascote da banda) dá as caras no palco. Um show altamente recomendável para quem goste pelo menos um pouco da banda: energético, frenético e competente, como o bom heavy metal deve ser.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Alanis Morissette em São Paulo

Domingo, o segundo dia de setembro de 2012, e fãs de Alanis Morissette enchem o Credicard Hall depois de três anos sem shows da cantora pelo país. Agora, ela inaugurava a turnê do disco Havoc and Bright Lights, que teve mais sete datas no Brasil.

A apresentação estava prevista para começar às 20:00, mas atrasou 40 minutos, com a primeira música - I Remain - tocando por trás da cortina, seguida por Woman Down, do novo disco, e na sequência All I Really Want - a música de abertura de Jagged Little Pill, seu álbum de maior sucesso e onde a cantora toca sua famosa gaita, presente em vários outros momentos - e You Learn - a música que levou alguns críticos preguiçosos a chamarem seu estilo de "rock terapêutico" -, o primeiro de seus grandes hits daquela noite.

Para acalmar, Guardian, em homenagem a seu filho de um ano e meio. A maternidade deixou a cantora um pouco mais sóbria - vestia uma blusa listrada, calças pretas justas, um colete preto e tênis, além de exibir os longos cabelos soltos, sua marca registrada. Porém, Alanis é extremamente agitada quando está no palco: caminha de um lado para o outro, sem parar, quando não está segurando suas guitarras - que são mais ou menos quatro, durante a hora e quarenta da apresentação.

Na sequência temos Perfect, uma balada melancólica sobre pais que colocam muitas expectativas nos filhos, e Forgiven. A simpatia da cantora cativa a todos os presentes: não vi ninguém sem um sorriso no rosto durante o show, pois ela demonstra estar genuinamente feliz e empolgada por estar ali, acenando para o público e fazendo o sinal da paz.

Hands Clean é um momento memorável, especialmente por ser uma das minhas músicas preferidas - é indescritível a sensação de estar cantando ao vivo algumas das músicas que marcam experiências passadas, o que a maioria dos fãs (cuja média de idade era 27 anos, sendo adolescentes na época em que Alanis explodiu) estava fazendo ali. É isso o que faz com que ela seja uma cantora de sucesso: além do talento, é bastante fácil se identificar com suas músicas.

Depois de duas músicas novas - I Remain (sim, foi tocada em duas partes) e Citizen of the Planet - vem Ironic, na qual a canadense solta uma piada: "Nunca cantei essa ao vivo, vocês podem me ajudar?". E é claro que a plateia ajuda, com energia e empolgação. O único ponto negativo é que várias canções tiveram um novo arranjamento e ficaram bem mais suaves, como 21 Things I Want in a Lover e, principalmente, You Oughta Know - com o clássico "are you thinking of me when you fuck her?" não soando tão sincero e amargo quanto há 17 anos atrás.

Após Numb, Alanis e sua simpática banda encenam uma despedida - deixam o palco, mas voltam poucos minutos depois, com um bis fantástico: Hand In My Pocket e Uninvited, trilha sonora do filme Cidade dos Anjos. No segundo bis, temos esperanças de um show mais extenso, mas ao ouvirmos os primeiros acordes de Thank U sabemos que o fim está próximo. Todos de pé, aplaudindo e cantando junto, mostrando nossa gratidão a uma artista tão talentosa e simpática, que, apesar dos 38 anos, se despede como uma menina - acenando e sorrindo.

Com um clima intimista, é um show bastante animado - mas uma experiência inédita para mim, já que estou acostumada ao clima frenético dos shows de hard rock. Recomendável para qualquer um que tenha um mínimo interesse pela cantora e por shows que deixem uma incrível sensação de leveza e felicidade quando acabem - e, é claro, vontade de assistir tudo de novo.

sábado, 1 de setembro de 2012

Pantera - Vulgar Display of Power

Antes de se tornar um dos maiores nomes do heavy metal da década de 1990, o Pantera tocava o malfadado glam metal. 

Sim! Os irmãos Abbott, Vinnie e Darrell (baterista e guitarrista, respectivamente), acompanhados por Rex Brown no baixo e Terry Glaze nos vocais lançaram três discos inspirados nas bandas de Hollywood, antes de colocarem Phil Anselmo nos vocais - e mesmo assim, o primeiro disco com este ainda contém muitas influências do estilo. 

Somente com Cowboys From Hell é que as coisas mudaram radicalmente.


Mas esse texto é sobre seu sucessor, Vulgar Display of Power (1992), o disco preferido dos fãs. É possível compreender sua essência apenas olhando a capa: um soco na cara em preto e branco. 

Violência nua e crua para quem quisesse ouvir, o verdadeiro amadurecimento do grupo e sua consolidação como uma das bandas mais influentes do metal da época, que era composto basicamente pelo death e pelas bandas antigas de thrash.

Não existem tréguas entre os 13 minutos que duram Mouth for War, A New Level, Walk (que merece ser citada individualmente como uma das melhores músicas do Pantera e presença obrigatória nos shows) e Fucking Hostile - são agressivas, rápidas e passam sua mensagem, sendo as três últimas alguns de seus maiores sucessos, presentes no disco ao vivo Official Live - 101 Proof (cuja capa estampa a mais famosa camiseta do grupo). Dos dois momentos relativamente calmos do disco, um vem na quinta faixa: This Love, um discurso de seis minutos e meio sobre uma relação fracassada que causou frustrações em ambas as partes envolvidas, estrelada por competentes solos de Dimebag Darrell e urros lancinantes de Phil Anselmo.

Após o finzinho calmo desta - onde o ouvinte pode achar que o som está desligado - vem a introdução frenética de Rise, que traz, em minha opinião, a melhor linha de baixo do disco e um ritmo influenciado pelo punk hardcore. (Aqui é necessário abrir um pequeno parênteses sobre o heavy metal: é um estilo particularmente difícil de classificar, já que conta com inúmeros subgêneros. O próprio Pantera costumava se classificar como power-groove, porém é possível encontrá-los dentro do thrash metal).

Power-groove é uma definição aplicável à trinca No Good (Attack the Radical), Live in a Hole e Regular People (Conceit). Misturando os riffs clássicos do heavy metal com excepcionais linhas de baixo e batidas grooveadas, constroem um caminho que mais tarde foi trilhado por bandas do criticado nu-metal, principalmente o Korn.

Voltando ao peso sem destilação, temos By Demons Be Driven, uma das mais aclamadas pelos fãs, com riffs cheios de peso e a melhor interpretação vocal de Phil no quesito gutural. O encerramento vem com Hollow, o adeus revoltado a um amigo querido que partiu desta para melhor - que 20 anos depois soa como uma profecia, já que Dimebag foi assassinado em 2004, um ano após o fim do Pantera enquanto estava no palco com a banda Damageplan - junto com seu irmão Vinnie.

Definitivamente é meu disco de metal favorito, mas só é apreciado por quem sente prazer em escutar música violenta e não tem problema com volumes - porque quanto mais alto, melhor. Obra básica para qualquer headbanger que se preze.

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