sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Black Tide - Post Mortem


Pra quem não sabe, e aposto que seja a grande maioria que acessa este blog, Black Tide é a banda que em meados de 2008 prometia através de seu excelente primeiro álbum, Light From Above, salvar o Heavy Metal do grande abismo que o estilo havia caído, sendo sustentado apenas por velhas bandas ainda na ativa.

Muito se esperava da banda, pois seus riffs eram dignos, os solos eram destruidores e o vocalista e guitarrista Gabriel Garcia, possuía até a voz adolescente que se precisa para ter sucesso nesse gênero. No caso isso se devia ao fato de ele ser mesmo um adolescente, no auge de seus 15 anos.

Logo de cara a banda alcançou um relativo sucesso tocando em festivais do gênero com bandas de alto calibre envolvidas. E como já era de se esperar, eles iriam lançar um segundo álbum. Muito se especulou sobre o disco, muito se esperava sobre o disco e no meio deste ano que está acabando eles lançam o Post Mortem.

Vários fãs do Heavy Metal “raiz” ficaram no mínimo desapontados com este trabalho, pois ele deixa de lado o Heavy Metal influenciado por Iron Maiden e Metallica, sendo que a banda fez dois bons covers de Prowler (Iron Maiden, 1980) e Hit the Lights (Kill 'em All, 1983), mas com uma levada mais pro Metalcore.

Abrindo o disco, a faixa Ashes conta com uma participação de Matt Tuck, do Bullet For My Valentine. Ela logo já dita o ritmo do disco com gritos de “vômito”, algo como de Ratos de Porão. E claro com aqueles refrões chorados que não podem faltar. Chega até a lembrar o Glória em certos pontos.

Logo em seguida vem Bury Me que, mesmo ainda seguindo o Metalcore, chega a beirar o pop no refrão. Sabe aquela música pegajosa? Então.

Let It Out, terceira faixa, dá a impressão que você já ouviu algo assim em outro lugar. Verso sofrido, com contrabaixo ao fundo e refrão gritado devagarzinho com uma guitarra simples. Já Honest Eyes vira um Trash Metal parecido bastante com o estilo do Light From Above.

That Fire é aquele single pra vender que todos sabem, começa até com um violão que é esquecido ao longo da música. Música que marca o retorno do Metalcore sofrido de refrão calmo e tudo mais. A faixa mais pop do disco é a que vem a seguir: Fight Til The Bitter End, mais calma do que as outras e com aqueles gritos pra dentro, ao melhor estilo Matt Bellamy. Serviria para que o Fresno ou qualquer banda assim faça cover.

Em Take It Easy mais do mesmo; assim como em Lost In The Sound, muitos gritos e pouca criatividade nas guitarras, só mesmo aquela apelação de guitarristas inexperientes. Já Walking Dead Man, que não tem nada a ver com aquele seriado, beira o Screamo e é a primeira música com um grande solo de Gabriel Garcia, já que mesmo com tão pouca idade é um grande guitarrista.

Into The Sky é quase uma balada e é ela que fecha o disco com chave de bronze. Nela, incrementam até instrumentos clássicos para tentar dar um tom mais “cult” ao disco, numa tentativa desesperada de salvar o disco que tinha tudo para resgatar o Heavy Metal, mas não passa apenas de mais um disco parecido com tudo que o Avenged Sevenfold já fez.

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