quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Hurricane #1 - Only the Strongest Will Survive

Lançado em 1999, Only the Strongest Will Survive foi o segundo e último disco do Hurricane #1

Diferentemente do seu antecessor, o self-titled Hurricane #1, que chegou às lojas em 1997, esse trabalho trazia menos distorção nas guitarras de Andy Bell, embora muitas das formulas que funcionaram no primeiro álbum seguiram sendo usadas aqui.

NYC abre os trabalhos em grande estilo. Seria como a Rock n' Roll Star (Oasis: Definitely Maybe, 1994) deles. Rápida, suja e direta ao ponto. 

Em tempo: Sim, a comparação com o grupo liderado pelos irmãos Gallagher é inevitável. Basta ouvir os dois discos lançados por eles e você vai entender exatamente onde eu me refiro.

Outros pontos do disco em que Bell prima pela distorção e pelo som mais acelerado são Come Alive e Long Way Down, embora não exatamente nessa ordem.

Por outro lado, devemos dar o devido destaque à The Greatest High, que logo desponta como hit óbvio e a grande aposta do álbum. Aposta acertada essa, diga-se de passagem. É ela quem de certo modo dita o ritmo das outras composições do álbum. Ainda que faça uso de guitarras distorcidas, violões suaves e baixos que fazem a marcação de acordo com a bateria ao invés de correr com a guitarra são os elementos fundamentais nela.

Aliás, as mesmas características, de certo modo, podem ser aplicadas à Rising Sign, embora esta apresente-se ligeiramente mais experimental, trazendo batidas e elementos de música eletrônica.

Inclusive, vale dizer que a banda arriscou e experimentou mais nesse trabalho. Remote Control faz lembrar alguns sons do Massive Attack, trazendo uma pegada bem trip-hop. Vale conferir também.

O momento épico de Only the Strongest Will Survive sem dúvida é a faixa título. É indiscutivelmente a faixa que apresenta a melhor produção em todo o álbum. Carregada de instrumentos clássicos, traz consigo uma melodia impactante e intempestiva em seu início. 

Seus versos são levados por uma bateria eletrônica e um baixo cheio de efeitos. No refrão misturam-se esses adereços com os que estavam presentes no início.

Falando assim, pode parecer difícil de entender e de imaginar como essa faixa funciona. É um daqueles casos clássicos em que só ouvindo se resolve e se entende.

Dada a cena e as bandas concorrentes na época, há de se dizer que o Hurricane #1 sempre foi uma banda subestimada. Existem provas cabais disso no primeiro disco, assim como nesse também. The Price That We Pay poderia e deveria ter sido hit absoluto na terra da Rainha.

Baladinha carregada ao violão, tem a fórmula clássica do britpop de como se fazer sucesso. Inexplicavelmente, não fez.

Encerrando o disco, a banda se pega buscando influências em seus próprios sons e em alguns sons do Ride, antiga banda de Andy Bell. Com uma pegada mais melancólica, embora com uma forte tendência pro shoegazing, What Do I Know e Afterhours pareciam anunciar o inevitável (e lamentável) fim de uma das bandas com o maior potencial que o Reino Unido havia visto na década de 90.

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