segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Panic! at the Disco - A Fever You Can't Sweat Out

Lá pela metade da década passada o emo era um estilo em voga. Seja no que se refere à sonoridade ou a aparência. 

Influenciados pelo movimento, embora com uma verve mais artística, o Panic! at the Disco, tendo como frontman o performático Brendon Urie e capitaneado pela cabeça produtiva de Ryan Ross, lançaram no início de 2005 seu primeiro disco, A Fever You Can't Sweat Out.

Algumas bandas costumam passar a vida tentando fazer algo diferente a cada novo lançamento. O Panic! at the Disco conseguiu isso logo na primeira tentativa.

A começar pela divisão do álbum, que tem em suas sete primeiras faixas uma sonoridade absolutamente influenciada por estilos como new-wave, electropop e big-beat. Nas sete últimas, é onde a banda mostra seu lado mais artístico, trazendo arranjos mais trabalhados em instrumentos clássicos como violinos, acordeões, orgãos e pianos. Porém, este fato não torna a segunda parte menos empolgante.

Algo que também chamou bastante atenção na época de lançamento foram os títulos das músicas. Sendo a maioria deles frases longas, geralmente retirados de filmes e livros. Aliás, cabe dizer que Ryan Ross é fortemente influenciado por Chuck Palahniuk.

Mas apesar dos longos títulos, as faixas que mais se destacam são as de nomes curtos e convencionais, sendo But It's Better If You Do e I Write Sins Not Tragedies, sendo essa última hit indiscutível, ainda mais tendo como apoio um videoclipe simplesmente espetacular.

A sonoridade eletrônica e dançante de faixas como Lying is the Most Fun a Girl Can Have Without Taking Her Clothes Off e The Only Differente Between Martyrdom and Suicide is Press Coverage fizeram com que algumas críticas os comparassem com outro grupo de Las Vegas, o The Killers, que havia lançado seu disco de estreia, Hot Fuss, no ano anterior.

Mal sabiam eles no buraco em que o Killers iria se enfiar e que o Panic! at the Disco se tornaria muito, mas muito superior mesmo sem Ryan Ross (ver: Vices & Virtues).

Mas se teve um aspecto que fez com que o álbum se sobressaísse em relação a outros discos de outras bandas da cena lançados à época, é o fato de Ryan Ross procurar trabalhar em outras temáticas como o casamento, o adultério e até mesmo a religião, deixando assim de limitar-se apenas ao fracasso amoroso e o culto a depressão. Aliás, este último até recebe uma tratativa, embora diferenciada sob o ponto de vista lírico da coisa, partindo mais para uma crítica feroz ao alcoolismo.

Esse é A Fever You Can't Sweat Out, um disco que foge de temas clichês, apresenta uma proposta interessante, de ter duas vertentes separadas por uma faixa que mistura ambas, Intermission, fazendo com que o disco pareça um álbum duplo, apesar de ter apenas treze faixas, além de empolgar do início ao fim.

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