quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Stereophonics - Word Gets Around

Em 1997, Oasis e Blur disputavam na base do tapa o primeiro lugar das paradas britânicas. A primeira havia lançado o superproduzido, embora irregular Be Here Now. A segunda, por sua vez, acabara de alcançar seu maior êxito desde Parklife (1994), lançando o self-titled Blur.

Correndo por fora, haviam bandas com um sucesso relativamente menor, como o The Verve e o Supergrass

E aproveitando o sucesso do movimento britpop, o Stereophonics, liderado pelo intempestivo vocalista Kelly Jones lança seu primeiro disco, Word Gets Around, e é sobre ele que a gente vai falar um pouco agora.

Carregado de guitarras distorcidas e bons riffs, o disco conseguiu com que a banda alcançasse um certo reconhecimento na Europa logo em seu primeiro ato. Tanto isso é fato, que ele alcançou nada menos do que a honrosa 6ª posição no UK Albums Chart.

Todos os singles do disco concentraram-se nas cinco primeiras faixas. O mais bem sucedido e mais adorado pelos fãs sem sombra de dúvida é Traffic. Baladinha sobretudo carregada ao violão, embora se desenvolva ao longo de seus quase cinco minutos e ganhe guitarra, baixo e bateria, ainda assim ela não condiz com o ritmo do restante do álbum.

Uma faixa que pode exemplificar melhor a sonoridade que a banda procura imprimir em seu primeiro disco é justamente a de abertura, A Thousand Trees, que basicamente fala do cotidiano, mas não exatamente de uma maneira convencional.

Aliás, cabe dizer que todas as letras, ou pelo menos grande parte delas, fala sobre a vida na cidade onde os caras da banda cresceram, Cwamaman, no País de Gales. More Life in a Tramp's Vest e Local Boy in the Photograph sintetizam bem isso também.

Em todo caso, há uma grande injustiça nesse disco. Uma das melhores faixas, pra não dizer a melhor, simplesmente não teve a visibilidade que merecia. Trata-se de Same Size Feet. É um dos casos onde o riff de guitarra diz mais sobre a música do que qualquer outro elemento dela.

Seu riff é tão bom, mas tão bom, que foi copiado justamente por um dos mestres dos Stereophonics, o Oasis, que "reproduziu" o riff em The Hindu Times (Heathen Chemistry, 2002).

Outro momento destacável fora dos singles é Last of the Big Time Drinkers. Carregada de indie rock do início ao fim, aparece como uma espécie de amostra do futuro. Alguns sons dos Strokes, que veio a lançar seu primeiro disco apenas em 2001, Is This It, trazem uma sonoridade bastante parecida com a dessa faixa.

Ainda que não seja o disco de maior êxito, é considerado por muitos fãs como o melhor álbum lançado pela banda. Seu estilo mais cru cativa quem gosta de um certo barulho, embora este venha com reconhecida qualidade e sentido.

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