terça-feira, 12 de junho de 2012

The Stone Roses - Second Coming

Quando o Stone Roses, uma das bandas mais populares e influentes da história do Reino Unido resolveu lançar seu segundo disco, percebeu que já não era mais tão popular assim.

A distância de tempo entre esse novo lançamento e o début era de cinco anos. Em 1994, embora estivesse em queda livre com o suicídio de Kurt Cobain, o grunge ainda era o estilo mais popular do rock na época, embora viesse perdendo espaço para o britpop de Oasis e Blur, que eles próprios, os Roses, ajudaram a criar.

Ainda que contasse com os vocais nasalados de Ian Brown e a levada dançante da bateria, os Roses haviam perdido a magia do primeiro disco.

As guitarras de John Squire perderam bastante em originalidade e foram para um lado mais Led Zeppelin da coisa, com riffs mais agressivos, embora menos marcantes e cativantes.

Os melhores exemplos disso são Driving South e Love Spreads, que em todo caso, são boas músicas, mas ainda assim, não soam como deveriam soar, não soam como Stone Roses.

O disco também abusa de experimentalismos, dando uma certa ideia do que Brown faria dali pra frente em sua carreira solo.

Como em Straight to the Man, que traz elementos de rock, reggae, ska, linhas de baixo de blues, uns efeitos eletrônicos e uma percussão que faz alusão a uns sons mais africanos. Vendo desse modo, até parece que é uma bagunça sem fim, mas Brown mostra desde então que consegue misturar elementos de diferentes vertentes e fazer funcionar.

Mas nem tudo era diferente no segundo disco da banda. Em dados momentos, eles ainda conseguem soar como o Stone Roses do fim da década de 80 que junto com os Happy Mondays, invadiu todas as casas de shows de Manchester e as paradas do Reino Unido.

Um desses momentos é Daybreak, cujo maior ponto positivo é o trabalho feito pela cozinha da banda, com o baterista Reni e o baixista Mani, levando a faixa numa batida bem suingada.

Mas como se pode perceber, Second Coming é um disco difícil, e desde então classificado como tal pela crítica especializada. Aliás, há de se dizer que é um trabalho de tão difícil aceitação que até mesmo os próprios fãs da banda chegaram a rejeitá-lo. Tendo isso em vista, a banda sucumbiu e cada um dos membros decidiu tomar seu rumo na vida. 

Mas por outro lado, a boa notícia é que depois de quase vinte anos, eles estão de volta. Se com um material novo, e bom, isso já é outro problema, mas que, os Roses estão de volta, estão.

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