Antes do Blur lançar seu disco homônimo em 1997 com os hits
Song 2 e Beetlebum, seu disco mais aclamado havia sido lançado três anos antes.
Parklife foi o disco que elevou o status do Blur de grande
banda de rock, pelo menos dentro do Reino Unido, onde diga-se de passagem, até os dias de hoje a popularidade e o culto a banda é meio restrito a Terra da Rainha.
O disco é um verdadeiro desfile de hits do início ao fim. A
eletrônica e dançante Girls & Boys abre o álbum mostrando que desde os
tempos mais remotos Damon Albarn gostava de inovar, experimentar e mudar seus
sons de um disco para o outro.
Outra aposta da banda em Parklife foi investir em faixas
curtas, como Jubilee, a quase balada End of a Century e a insana Bank Holiday.
Quanto as letras de Parklife, levando em consideração todo o contexto da época, a dupla Albarn e Coxon trabalha para conseguir fazer um
misto de crítica social e entretenimento pop. E como era de se esperar, eles conseguem até com certa facilidade.
Musicalmente falando, Parklife é notadamente o disco mais
afinado do Blur, se assim podemos dizer. A química entre o vocalista Damon
Albarn, o guitarrista Graham Coxon, o baixista Alex James e o baterista Dave
Rowntree era melhor do que nunca.
Até mesmo faixas não tão famosas como a excelente Trouble in the Message Centre apontam uma qualidade invejável. As linhas de baixo de James
nessa faixa são o principal atrativo dela.
É óbvio também, que não dá pra falar de Parklife sem
comentar sobre a faixa que dá nome ao disco. Ela traz consigo uma mistura louca
de sons que só funciona se orquestrada pela mente inquieta de Albarn; sem contar claro, o clipe, que pode ser definido como simplesmente espetacular.
Em suma, Parklife foi um disco tão a frente do seu tempo, mas tão a frente, que em dados momentos ele faz até remeter coisas em que Albarn trabalharia no Gorillaz anos mais tarde.
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