quinta-feira, 10 de novembro de 2011

The Strokes - Angles

Cinco anos depois do lançamento do ultimo disco, projetos paralelos aqui e ali e as pessoas já começavam a se perguntar se o Strokes voltaria.

Voltaram. E outro dia desses desembarcaram no Brasil para o show no Planeta Terra Festival, sendo a principal atração da noite. O show fez parte da turnê do trabalho mais recente, Angles, lançado em março desse ano.

Em Fevereiro, quando saiu o primeiro e talvez mais bem sucedido single deste disco, Under Cover of Darkness, aqueles que acompanham o Strokes tiveram um presságio de que o disco poderia não ser algo como Is This It (2001) ou Room on Fire (2003).

A voz de Julian Casablancas soa diferente, e o Strokes, que não era conhecido por melodias bobinhas e alegres, agora quer ser. A banda parece mais limpa e arrumadinha também. Na verdade, sobre esse ultimo quesito, isso veio acontecendo ao longo dos anos, já havia ficado evidente em First Impressions of Earth (2006), mas agora tomou proporções jamais imaginadas.

Em Março, como já foi supracitado, o disco finalmente saiu, e quem ouviu e não ama Casablancas incondicionalmente chegou a uma certeza: O disco é fraco, fraquíssimo. Muito abaixo do que o Strokes pode, e já proporcionou aos seus fãs, pois fazer um bom disco de estreia é difícil, conseguir fazer um segundo bom disco é mais ainda, e evoluir em seu som, mas sem deixar suas raízes e construir um bom terceiro trabalho, é algo digno de grandes bandas.

Sobre Angles, até gente de dentro da própria banda admite que o disco poderia e deveria ter sido melhor. Nick Valensi, guitarrista; disse que o disco não está a altura das expectativas dos fãs.

O Strokes estava indo muito bem até First Impressions of Earth, mas agora, a banda resolveu partir para outras direções e abandonar velhas receitas, o que já era esperado, principalmente se você ouvir o disco solo de Casablancas, Phrazes for the Young (2009), percebe que alguma coisa estaria por mudar.

Angles tem esse nome, porque diferentemente dos outros discos, onde Julian assinava todas as faixas, nesse álbum todos os membros tiveram participação decisiva na constituição das faixas e sendo assim, o processo criativo da banda não se limita apenas ao seu líder, mas sim a todas as partes da banda, fazendo com que ela tenha ângulos. Sim, era pra ser um trocadilho.

No mais, a verdade é que o disco é tão fraco que não vale nem o comentário sobre cada uma das faixas, pois a única coisa que se percebe em Angles são lampejos de criatividade, talvez em alguma parte de Two Kinds of Hapiness, Under Cover of Darkness, que depois de muitas vezes ouvindo acaba por se ter certa simpatia; e Taken for a Fool, o segundo single, que pode ser considerado razoável.

Mas em todo caso, ainda é pouco, muito pouco para aquela banda que já foi colocada no patamar de salvação do rock dos tempos modernos.

Um comentário:

  1. Eu gostei do disco, o primeiro impacto foi orrivel, mais depois de escutar algumas vezes acabei ficando com todas as musicas em minha cabeça!

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