sexta-feira, 2 de março de 2012

Franz Ferdinand - Franz Ferdinand

Já que o Franz Ferdinand não parece dar fortes indícios do lançamento de um novo trabalho em 2012 para o sucessor de Tonight: Franz Ferdinand (2009), que tal se a gente desse uma de Martin McFly e voltássemos um pouco no tempo?

Pois bem, voltamos então ao ano de 2004. E sim, já faz quase uma década. Dizendo assim, dá até pra se sentir velho, não é? Mas enfim, vamos ao que interessa. Vamos ao disco de estreia do Franz Ferdinand, que carrega no titulo o mesmo nome da banda.

Nesse primeiro registro, nota-se dois tipos de influência. Para o rock, o Talking Heads desponta como influência mais óbvia. Já para as batidas mais dançantes, alguns momentos do disco nos fazem lembrar coisas como Duran Duran e Depeche Mode.

O disco é aberto com Jacqueline, que começa sóbria, lenta, com um simples violão. Chega até a parecer uma armadilha para quem já espera por um disco devagar.

Mas é só a música começar a ganhar corpo e logo as linhas do disco começam a se desenhar. Do meio pra frente, Jacqueline traz guitarras animadas e uma bateria rápida, quase punk.

Na segunda faixa, o maior pecado do disco: Tell Her Tonight. Não que a música seja ruim. Muito pelo contrário, a música é tão boa, mas tão boa, que merecia uma sorte melhor. No caso, ter sido single. Mas infelizmente, isso não aconteceu.

Bem, adiante temos Take Me Out, que é de longe o maior hit não só desse álbum, mas bem como de toda a carreira da banda. Seria redundante dizer que é disparada a música com o maior apelo pop do disco.

Em sons como Dark of the Matinèe e This Fire, a banda traz guitarras leves e um baixo marcante, além da bateria bem ritmada, numa batida quase militar, como não podia deixar de ser.

Aliás, pode-se dizer que esse tipo de som o Franz Ferdinand faz com maestria, inclusive tendo influenciado boas bandas mais novas, tais como o The Cribs que a propósito, teve o disco Men's Needs, Women's Needs, Whatever (2007) produzido pelo próprio Alex Kapranos.

Não podíamos deixar de mencionar também que o Franz Ferdinand tem uma faceta quase punk. Quando chegamos à Michael, faixa 9, temos uma amostra perfeita disso. Aliás, devemos dizer que aqui sim, caso não fosse single, seria uma das maiores injustiças cometidas em discos de rock nos últimos vinte anos, no mínimo.

Que a letra de Michael sugere bissexualidade, isso logo se salta aos olhos. Sobre a composição da mesma, Kapranos disse que ela foi composta por dois amigos, que estiveram numa balada num lugar chamado Disco X, em Glasgow.

Já em tons de fim de álbum, Come on Home é disparada a música com a sonoridade mais oitentista do disco, com direito a solo de teclado e tudo mais.

E por fim, resta dizer que é um bom disco, que inclusive chegou a listado como um dos 1001 discos que as pessoas devem ouvir antes de morrer. E de certo modo, não deixa de ter razão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores

Quem faz o Dance Para o Rádio