quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Radiohead - The King of Limbs


Com o lançamento de Kid A, em 2000, o Radiohead marcou o início de uma nova fase, mesclando elementos experimentais de música eletrônica e jazz. De lá até então, sua sonoridade divide-se entre trabalhos conceituais e outros que lembram seus discos iniciais, porém com elementos repaginados.

Até hoje, lançaram 8 álbuns, entre 1993 e 2011. E já ganharam diversos prêmios, como o Grammy, considerado o Oscar da música.

Na sombria Wiltshire’s Savernake Forest encontra-se uma árvore de carvalho com aproximadamente 1000 anos, que serviu de inspiração ao nome do álbum, homônimo.

Ao dar play no oitavo disco do Radiohead, The King of Limbs, logo com a introdução de Bloom, já podemos ter uma base de qual será o efeito em que desfrutaremos com tal obra.

A bateria desconcertante ao lado de arranjos eletrônicos intrigantes são a primeira impressão que temos. Causa estranheza, já que diversos efeitos sonoros, principalmente diferenciais, são usados minuciosamente.

Este trabalho relembra alguns anteriores, como o Amnesiac, de 2001. Por outro lado revela nova sonoridade que apenas fãs ou amantes da música contemporânea podem experimentar com mais abertura. As harmonias estáticas, os raros acordes e as vozes dobradas são características primordiais neste álbum.

Conforme a execução das faixas, Thom Yorke nos proporciona uma jornada para ambientes em que a natureza é exaltada. Em Give up the Ghost, por exemplo, os vocais entram em contraste com o som de pássaros na introdução.

A psicodelia influenciada pelo indie também está presente em The King of Limbs. Podemos concluir a ideia ao ouvir a terceira música, Little by Little, a mais aventureira do disco.

Juntos, todos os recursos utilizados levam o ouvinte a “outro lugar”, como um cenário de um filme fantástico ou um sonho. Incrível. A música é envolvente e uma pedida para fechar os olhos e deixar-se levar.

As próprias letras presentes no álbum têm esse conceito. Observe um trecho de Separator, a última faixa do disco:

“É como se eu estivesse caindo da cama
Depois de um sonho longo e fatigante
As mais doces frutas e flores nas árvores
Caindo do pássaro gigante que me carregava”

Ademais, é impossível não descobrir algo novo a cada vez que se escuta The King of Limbs. A riqueza nos detalhes é peça fundamental para uma experiência única em cada ouvinte. O que faz deste um dos melhores e mais instigantes discos do Radiohead.

2 comentários:

  1. Linda resenha, a banda tem um site agora no brasil.

    www.radioheadbrasil.com

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    1. Obrigado. Então, estou só na espera de um show deles por essas bandas.

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