Com o lançamento de Kid A, em 2000, o Radiohead
marcou o início de uma nova fase, mesclando elementos experimentais de música
eletrônica e jazz. De lá até então, sua sonoridade divide-se entre trabalhos
conceituais e outros que lembram seus discos iniciais, porém com elementos
repaginados.
Até hoje, lançaram 8 álbuns, entre 1993 e 2011. E já
ganharam diversos prêmios, como o Grammy, considerado o Oscar da música.
Na sombria Wiltshire’s Savernake Forest encontra-se uma
árvore de carvalho com aproximadamente 1000 anos, que serviu de inspiração ao
nome do álbum, homônimo.
Ao dar play no oitavo disco do Radiohead, The
King of Limbs, logo com a introdução de Bloom, já podemos ter uma base de
qual será o efeito em que desfrutaremos com tal obra.
A bateria desconcertante ao lado de arranjos eletrônicos
intrigantes são a primeira impressão que temos. Causa estranheza, já que
diversos efeitos sonoros, principalmente diferenciais, são usados
minuciosamente.
Este trabalho relembra alguns anteriores, como o Amnesiac,
de 2001. Por outro lado revela nova sonoridade que apenas fãs ou amantes da
música contemporânea podem experimentar com mais abertura. As harmonias
estáticas, os raros acordes e as vozes dobradas são características primordiais
neste álbum.
Conforme a execução das faixas, Thom Yorke nos
proporciona uma jornada para ambientes em que a natureza é exaltada. Em Give up the Ghost, por exemplo, os vocais entram em contraste com o som de pássaros
na introdução.
A psicodelia influenciada pelo indie também está presente em The King of Limbs.
Podemos concluir a ideia ao ouvir a terceira música, Little by Little, a mais
aventureira do disco.
Juntos, todos os recursos utilizados levam o ouvinte a
“outro lugar”, como um cenário de um filme fantástico ou um sonho. Incrível. A
música é envolvente e uma pedida para fechar os olhos e deixar-se levar.
As próprias letras presentes no álbum têm esse conceito.
Observe um trecho de Separator, a última faixa do disco:
“É como se eu estivesse caindo da camaDepois de um sonho longo e fatiganteAs mais doces frutas e flores nas árvoresCaindo do pássaro gigante que me carregava”
Ademais, é impossível não descobrir algo novo a cada vez
que se escuta The King of Limbs. A riqueza nos detalhes é peça
fundamental para uma experiência única em cada ouvinte. O que faz deste um dos
melhores e mais instigantes discos do Radiohead.
Linda resenha, a banda tem um site agora no brasil.
ResponderExcluirwww.radioheadbrasil.com
Obrigado. Então, estou só na espera de um show deles por essas bandas.
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