quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

The Strokes - First Impressions of Earth

Na primeira metade da década passada, os Strokes, liderados por Julian Casablancas iam muito bem das pernas, pois tinham dois discos muito bem recebidos pela crítica especializada, especialmente o primeiro, Is This It (2001)

E verdade seja dita, seu sucessor Room on Fire (2003) não ia muito longe também.

Então, logo no terceiro dia de Janeiro de 2006, a banda mostrou ao mundo seu mais novo trabalho. Ou não.  

First Impressions of Earth já havia sido vazado em grande parte na web em 2005, então, quando saiu, acabou não causando tanta surpresa assim.

Juicebox, lançado como primeiro single ainda em 2005 desponta fácil como melhor faixa do disco, mas acabou ficando enjoativa justamente pelo tempo de antecipação. Musicalmente falando, não se discute a qualidade. O baixo matador de Nikolai Fraiture e o corte a seco no final são os pontos altos da faixa.

Aliás, pode-se dizer seguramente que o baixo é o instrumento fundamental nesse disco, diferentemente de seus antecessores, onde as guitarras dividiam a glória com a bateria. 

Comprovando isso, temos On the Other Side e Vision of Division, onde Fraiture mostra versatilidade ao variar entre linhas mais densas e complexas outras mais corridas e simples.

Como hits óbvios do álbum, aparecem You Only Live Once e Heart in a Cage. A primeira, que abre os trabalhos do disco, diga-se de passagem, deixa claro que os Strokes iriam diminuir drasticamente o ritmo em First Impressions of Earth. Por outro lado, a segunda, que vem logo na sequência de Juicebox, chega a plantar uma dúvida na cabeça do ouvinte, pois é uma pancada que vem seguida de outra.

No mais, First Impressions é basicamente isso. Uma constante alternância entre momentos mais calmos, que representavam a então nova sonoridade que os Strokes queriam implementar em seu trabalho e outros mais rápidos, soando como uma espécie de revisão em tudo o que eles já haviam feito até então.

Não passa nem perto de ser o melhor trabalho deles. Na época, podia se dizer que era o menos agraciado com boas canções, embora fosse de longe o melhor produzido. No entanto, se comparado com o que viria depois com Angles (2011), aí fica sendo um álbum espetacular. 

Tudo uma questão de perspectiva.

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