O emocore como o conhecemos teve sua ascenção no início da década passada e a queda quase ao seu fim. Em 2002 o movimento começava a ganhar forma com o ganho de popularidade de bandas como Simple Plan, Good Charlotte e o My Chemical Romance, que é de quem vamos falar hoje.
Muito antes da ambição de The Black Parade (2006) e da consolidação do sucesso em Three Cheers for Sweet Revenge (2004), os irmãos Way e os guitarristas Frank Iero e Ray Toro já tinham gosto por contarem histórias ao longo de um álbum.
O disco procura contar a história de um casal, com todos os bons e maus momentos pelo qual a relação passa, iniciando-se em Honey, This Mirror Isn't Big Enough for the Two of Us, que na realidade, faz com que percebamos que o início da história já se dá com a separação do casal.
I Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love desfila riffs agressivos de guitarra em conjunto com a bateria acelerada de Matt Pelissier. Vampires Will Never Hurt You e Drowning Lessons, que vem logo na sequência deixam isso bem evidente.
Já Our Lady of Sorrows procura fugir um pouco da temática central do álbum, liricamente falando, mas, musicalmente, não diminui o ritmo do álbum. Aliás, muito pelo contrário. A pegada hardcore não deixa que o ouvinte sequer tenha um fôlego.
Aliás, descanso esse que só vem em Early Sunsets Over Monroeville, que tem foco maior na serenidade, no baixo bem marcado e nas guitarras limpas e suaves. Boa parte da sua letra é baseada no filme O Amanhecer dos Mortos.
Mas antes disso, ainda há a agitada Headfirst for Halos, uma das faixas mais adoradas pelos fãs da banda até os dias atuais. A sua introdução toda trabalhada no solo de Ray Toro já mostrava desde então que se tratava de um guitarrista de qualidade.
Até chegar ao seu final, o disco ainda acumula mais pancadas como Skylines and Turnstiles, que fala sobre os sentimentos de Way sobre os ataques terroristas de 11 de Setembro, Cubicles e This is the Best Day Ever, que soa como uma pré-ideia de I'm Not Okay (Three Cheers for Sweet Revenge, 2004).
O disco, bem como a historia do casal, tem sem fim em Demolition Lovers, uma faixa de mais de seis minutos que alterna entre a calmaria e a angústia traduzidos em riffs chorosos e grudentos. Nesta faixa mais precisamente, fala-se sobre algo como morrer por um amor.
Em uma análise final e até tomando a última faixa como base, notamos que em todo bom disco de emocore, obrigatóriamente temas como o amor e a paixão são potencializados e tratados com exagero muitas vezes até com uma distância muito curta do que pode se considerar saudável ou não.
Nesse caso, o que vai fazer com que se tenha o interesse em ouvir o álbum ou não, majoritariamente falando, é a sonoridade, se ela não apenas se encaixa com o que está sendo cantado e contado ali, mas se agrada aos ouvidos do receptador. No caso do My Chemical Romance em seu disco de estreia, definitivamente sim.
Nesse caso, o que vai fazer com que se tenha o interesse em ouvir o álbum ou não, majoritariamente falando, é a sonoridade, se ela não apenas se encaixa com o que está sendo cantado e contado ali, mas se agrada aos ouvidos do receptador. No caso do My Chemical Romance em seu disco de estreia, definitivamente sim.
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